segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Bizzorão

Nem mesmo se o tema for ‘esportividade’ o carro mais popular do mundo fica de fora. Isto graças a iniciativa da Volks brasileira em lançar no ano de 1974, o Fusca 1600S, conhecido também como Bizorrão. O Fusca era barato para qualquer público, mas a VW queria também lançar uma versão que tivesse apelo junto a juventude da época e fabricou durante apenas 2 anos a única versão esportiva do Fusca.

Diferente do modelo comum o Bizorrão tinha, a começar pelo motor, dupla carburação Solex 32, com coletores casados com cabeçotes duplos. A tampa do motor possuía uma espécie de ‘scoop‘ preto com a inscrição “1600S” que era junto com as rodas de Brasilia de 6 furos, os únicos alertas que que se trava de um Fusca diferente. Outro detalhe a se obervar é que ele tinha apenas uma saída de escape, mas ainda perservando as reentrâncias do escape duplo das versões ‘normais.’


Por dentro, muito mais esportividade, com mostradores pra todo lado; temperatura de óleo, amperímetro, relógio analógico, etc. A alavanca de câmbio era mais curta e o volante era da marca Walrod de menor diâmetro e de aros rebaixados. Os bancos eram mais anatômicos e podiam ser reclinados até o banco de trás.

A suspensão era rebaixada melhorando sua estabilidade, lamenta-se somente a ausência de pneus radiais, algo raro naquela época. Os pneus do Bizorrão eram diagonais de medida 175 S14.


O desempenho era bom para a média dos Fuscas e até para os esportivos pequenos dos anos 70. Seus 65cv empurram apenas 805 kg, e aceleravam o brabo Fuscão de 0 a 100km/h em 16 segundos, achou pouco? Pois o Bizorrão venceria o novo Gol 1.0 2010 em um racha, já que o moderno VW acelera até os 100km/h em 17,4 segundos. Na prova dos 1000 metros outra surra do Fuscão: 37,8 segundos contra 38,2 segundos do Gol.

Os que reclamarem uma vantagem do Fusca pelo seu motor 1.6, alerto que a potência é a mesma, 54cv. Sendo que no Fusca Bizorrão, esta potência é a líquida transmitida nas rodas. E o Gol pode ser mais pesado, mas em compensação a aerodinâmica do Fusca é muito pior (Cx – 0,48). Então o mérito é todo da esportividade do Bizorrão.


Mesmo discreto externamente, o Bizorrão chamava a atenção na época da ditadura e de uma polícia bem repressora. De uma mera versão de fábrica o Fuscão era confundido pelos policiais com carro “envenenado”. Tal como aconteceu com o piloto Bob Sharp, que dirigindo um, tomou uma blitz e lhe custou uns bons minutos até explicar a verdadeira origem do Volks.

O Bizorrão era disponibilizado nas cores: Amarelos caiçara e imperial, branco lótus, e vermelho rubi. Prata só os parachoques e preto só o painel e os pneus, entendeu?

Embora o Fusca em seus mais de 30 anos de produção no Brasil, e mais de 3 milhões de unidades vendidas. Algumas versões são muito raras como o Fusca Pé de Boi, ou o Bizorrão, falta a VW um pouco de memória história (Cadê o Museu?) o Bizorrão foi um leve sopro de esportividade de um simpático carrinho que ensinou o Brasil a dirigir.



Abaixo algumas fotos do Bizorrão já nos tempos de hoje, com rodas de liga que dão um poouco a mais de charme para esse legendário...
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By Alexandre Cardinal

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