 Albin Edwin Follak e seu Volkswagen 1300, ano 1973 |
Nos primeiros anos em que os automóveis Volkswagen começaram a aparecer no mercado em nossa região, a antiga firma Alberto Sabo & Irmão, que se localizava na avenida Coronel Dico, tornou-se revendedora autorizada desses veículos.
O interesse pelos popularmente chamados Fusca era muito grande. Então, os diretores daquela firma, o Alberto Sabo e seu irmão Albino Sabo, juntamente com o sócio Hilário Raineski, decidiram promover leilões entre os interessados em comprar um automóvel Volkswagen.
Periodicamente eram realizados leilões e os que ofereciam os melhores lances se habilitavam a adquirir um Fusca. Albin Edwin Follak recorda de que no ano de 1971, ele era um dos interessados em possuir um automóvel dessa marca. Mas vencer essa disputa não era nada fácil. Basta dizer que o primeiro plano lançado pela firma Alberto Sabo & Irmão contou com 230 participantes.
No primeiro sorteio de lances saíram nada menos do que 33 Fuscas. Albin Follak por pouco não foi um dos contemplados, ele ficou em 34º lugar. Mesmo tendo que amargar uma decepção, ele não desistiu.
Continuou pagando pontualmente suas prestações. Passaram-se dois anos. Ele foi juntando suas economias e se preparando para que um dia, num dos próximos leilões, pudesse ser contemplado com o seu sonhado Fusca.
Depois de fazer algumas sondagens para tentar descobrir quais os possíveis valores que seriam oferecidos pelos concorrentes, ele foi confiante de que conseguiria dar um lance superior aos demais interessados.
Sua fé e sua persistência deram resultados. Ele conseguiu superar os demais concorrentes e seu lance de 20 mil e 500 cruzeiros ficou classificado em primeiro lugar. Nesse mesmo dia, além do seu Volkswagen mais três concorrentes foram contemplados com um carro.
Albin Follak recorda que os diretores da firma lhe ofereceram um modelo 1500, mas ele não aceitou, queria mesmo um Volkswagen 1300. Terminou ganhando e o conserva até hoje, passados 38 anos, como uma verdadeira relíquia.
A pintura e a lataria não apresentam nenhum arranhão. O motor é original. Ao longo do tempo, naturalmente, nas revisões periódicas já fez a substituição da bateria, do platinado, do diafragma, das velas e há dois anos atrás trocou as balacas da roda traseira, entre outras pequenas coisas.
Internamente, o carro parece ter recém-saído de fábrica, com o estofamento inteirinho e tendo até um cheirinho de novo.
Quando, Follak nos levou para ver o seu Volks na garagem, uma particularidade nos chamou especial atenção. Ele abriu uma porta para que pudéssemos olhar o carro por dentro e quando fomos fechá-lo nos fez, antes, uma recomendação: não bata. Pois não é que ao fechar-se a porta não faz aquele tradicional barulho de carro usado. O mesmo acontece com a porta traseira, onde se localiza o motor.
Albin Follak revela de que, toda a semana, ele tira o carro da garagem e sai para um passeio. Costuma andar uns 20 quilômetros. Não muito tempo atrás, ele foi até as ruínas de São Miguel, mantendo uma velocidade média de 80 quilômetros horários.
O consumo médio de combustível foi de 15,7 litros. Na cidade, obviamente, a média baixa para 10 ou 10 e meio. Ele conta que a quilometragem rodada até agora com o seu Volks 1300 é de 43 mil e 200 quilômetros.
Outro fato interessante, é que ele não se preocupa apenas em zelar pelo seu Volkswagen 1300, mas tem guardado toda a documentação relacionada com esse veículo, como os comprovantes dos pagamentos das prestações mensais. manual de instruções para o uso e cuidados com o carro, entre outros.
da inveja dum velinho desses...
ResponderExcluirunico dono dum besouro impecável desses, vale mais que carro novo! não tem preço!